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Prevenção natural de constipações e gripes

Com a chegada do tempo frio e com a mudança dos dias, vem a série habitual de infecções do sistema respiratório.

É tempo de cada um de nós reforçar as suas defesas imunitárias, de modo a poder combater a contaminação durante a estação das gripes e constipações.

Diferenças entre gripes e constipações

Tanto as gripes como as constipações são infecções virais que apresentam sintomas idênticos, embora sejam causadas por vírus de diferentes famílias (as constipações são geralmente causadas por vírus tipo corona ou rhino, enquanto que a gripe é causada pelo influenza). No geral, as pessoas têm tendência a ficar mais doentes com as gripes do que com as constipações normais, onde é maior a probabilidade de desenvolverem problemas de saúde mais graves. Febre alta continuada e dores musculares são fortes indicadores de uma infecção gripal.

constipações e gripes

 

Sintomas Constipação Gripe
Febre Raramente Continuada e alta
Fadiga Pouca Severa (pode durar diversas semanas)
Dores de cabeça Raramente Habituais
Dores musculares Poucas Severas
Mal estar global Pouco Acentuada
Nariz entupido Habitualmente Algumas vezes
Espirros Usuais Algumas vezes
Garganta dorida Usual Habitual
Tosse Pouca Severa

 

Pandemia de gripe

Os vírus da influenza dividem-se em três tipos: A, B e C. Destes, os vírus de tipo A são os mais preocupantes, pois por vezes podem ser transmitidos de espécie para espécie, e estão sujeitos a mutações, o que lhes permite invadir os sistemas imunitários. É por esta razão que as vacinas contra a gripe têm de ser actualizadas todos os anos, para combaterem vírus que possam vir a estar activos na próxima estação. Os vírus de tipo A são os que causam as epidemias sazonais no homem.

As pandemias de gripe não são fenómenos raros, mas antes recorrentes. No século passado houve três grandes surtos, a Gripe Espanhola em 1918, a Gripe Asiática em 1957, e a Gripe de Hong Kong em 1968. As condições que propiciam uma pandemia são as seguintes:

  1. O aparecimento de um novo subtipo de vírus, ao qual o homem não tenha estado exposto antes
  2. A possibilidade deste vírus se reproduzir no homem, e de lhe causar doenças graves
  3. Uma transmissão eficiente e sustentada do vírus, de pessoa para pessoa.

Recentemente surgiu um novo vírus (de tipo A / H5N1), que passou das aves para o homem, na Ásia.  Foram detectados um total de 115 casos de infecção humana com a Gripe das Aves, dos quais 59 levaram à morte de pessoas. Até agora, apenas se conseguiu provar uma transmissão humana limitada, mas provavelmente será apenas uma questão de tempo até que o vírus seja sujeito a uma mutação, e se torne bastante mais contagioso para o homem.

Factores de risco

Todos estamos sujeitos a constipações ou gripes, mas crianças entre os 6 e 23 meses, idosos, e pessoas com doenças crónicas estão sujeitas a complicações mais graves com a infecção. Um contacto repetido com um grande número de pessoas, stresse, alimentação deficiente, e um sistema imunitário debilitado são factores que podem precipitar a infecção.

Prevenção

A vacina contra a gripe é considerada como reduzindo o risco de infecção, mas todos os anos são desenvolvidas novas vacinas contra males comuns. No caso de surgir uma pandemia que envolva novas formas de vírus (como o H5N1), seriam necessários até 6 meses para desenvolver uma vacina eficaz, e poderia não chegar a ser produzida para proteger o total da população envolvida.

Nos períodos de epidemias de gripe, deveriam ser reforçadas as medidas de higiene: lavar mais vezes as mãos pode ajudar as pessoas a prevenir a contaminação. Devem ser evitados os contactos de perto com pessoas doentes, e pessoas contaminadas poderiam usar uma máscara, de modo a limitar a disseminação do vírus.

Os medicamentos anti-virais, como os inibidores de neuraminidase, podem ser receitados a pessoas sujeitas a maior risco de complicações, e que tenham estado em contacto com o vírus da influenza. Esta medicação poderia reduzir a disseminação do vírus, mas tem de ser tomada dentro das 48 horas após o aparecimento de sintomas. De qualquer modo, a longo prazo, existe o risco de o vírus criar resistência a estes medicamentos.

Uma coisa que está ao alcance de todas as pessoas, é o reforço do sistema imunitário, através de suplementação alimentar. Entre os produtos naturais o ginseng, o alho, as vitaminas A, C, E e minerais (zinco), cogumelos, extracto de levedura, e a echinacea são normalmente utilizados no fortalecimento do sistema imunitário.

Como actuam estes suplementos na prevenção e combate à gripe

A vitamina C proporciona um alívio dos sintomas da febre dos fenos, alivia as constipações, amenizando os seus sintomas (tosse e espirros, por exemplo) e a sua duração. Antioxidantes como o betacaroteno, vitaminas A, C e E, e o zinco, estão todos envolvidos nas respostas do sistema imunitário, participando num grande número de mecanismos de defesa, como a produção de citoquinas.

A echinacea tem sido profundamente investigada, e é conhecida como tendo variadas acções sobre o sistema imunitário, incluindo o aumento do número de glóbulos brancos no sangue (quando o seu número seja reduzido), o apoio na activação de células T não-específicas (o que leva a uma outra série de actividades, como o aumento da actividade das células defensoras do organismo, e do aumento da produção de interferão), na promoção da actividade dos macrofagos, para além de possuir propriedades antibacterianas e antivirais.

Tomas menores destes suplementos devem ser escolhidas para uma prevenção, enquanto que no combate devem ser utilizadas tomas mais fortes.

 

Departamento Técnico

Natiris, S.A.

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