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10 truques para reduzir a quantidade de sal na alimentação

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O consumo excessivo de sal tem vindo a ser um dos maiores riscos de saúde pública em Portugal, e calcula-se que a quantidade de sal presente na alimentação dos portugueses seja o dobro daquela que é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O sódio, contituinte do sal, é um nutriente essencial para manter o equilíbrio hidroeletrolítico do nosso organismo. No entanto,  o consumo excessivo está diretamente ligado a problemas de saúde graves nomeadamente a hipertensão arterial e consequentemente maior risco de sofrer de doenças renais e risco de Acidente vascular cerebral (AVC).

Se é daqueles que quer muito reduzir o sal mas não consegue, este artigo é para si!

 

  1. Reduza o consumo de alimentos processados.

Este ponto está no topo da lista pelas razões óbvias. Os alimentos processados, e pré-confeccionados estão carregados de sal para poderem ter uma maior durabilidade alé de serem extremamente ricos em gorduras saturadas. Fazendo as nossas próprias refeições, evitando este tipo de refeições, estamos a contribuir para a proteção da nossa saúde cardiovascular e estamos a comer “alimentos reais”.

 

  1. Abuse das especiarias.

Hoje em dia existem imensas opções no mercado, e que ficam tão bem em todos os pratos. Por exemplo noz-moscada, pimenta, pimentão doce, e até mesmo canela. E não se esqueça das nossas tradições, o alho e cebola são tão característicos e que dão tanto sabor.

Tenha apenas em atenção para as misturas pré-preparadas, pois podem já conter sal na sua composição.

 

  1. Carregue nas ervas aromáticas.

Devido à sua composição nutricional e funções que desempenham na saúde, as ervas aromáticas são um excelente substituto do sal. Dão sabor, aromas e cor às refeições. A utilização de ervas aromáticas além de beneficiarem na redução do sal, ainda contém propriedades benéficas para a saúde.

Para manterem as suas propriedades, idealmente as ervas devem ser adicionadas no fim da sua preparação, uma vez que a maioria das suas propriedades é perdida pela ação do calor. São exemplos, a salsa, os coentros, o cebolinho, o manjericão, e muitas outras.

 

  1. Leia os rótulos.

A Direção Geral de Saúde criou um cartão que nos pode ajudar a consultar facilmente os valores de sal – alto, intermédio ou baixo- dos produtos que estamos a comprar.

Não queremos que ande com a lista de compras e ainda que veja todos os rótulos do supermercado. Se conseguir, perfeito.

Estes valores vão rapidamente ficar na nossa cabeça, pelo menos temos uma ideia geral.

  1. Opte pela versão reduzida em sal ou sem sal dos alimentos.

Já existem opções com teor de sal reduzido no mercado. Nunca perdemos nada em ler o rótulo, a não ser tempo, mas é tempo para a nossa saúde.

 

  1. Experimente sal aromatizado.

Tal como o azeite temperado, já existe no mercado “sal com menos sal”! Ou seja, sal aromatizado, que não é mais do que um mix de sal e especiarias que nós próprios podemos fazer em casa. Se está na fase de redução de sal e introdução de ervas aromáticas, este deve ser o primeiro truque a usar. Não faça uma grande quantidade da mistura, pois pode habituar-se à redução de sal muito mais rápido do que imagina.

 

  1. Reparta o sal em doses diárias.

A ideia teórica é dividir a quantidade limite diária para os cozinhados em vez de, colocarmos o pote todo de sal perto do fogão.

Vamos lá ser realistas, levamos listas de compras para o supermercado, andamos a ler os rótulos e ainda a dividir o sal por doses? Aposto que metade dos leitores chega aqui e desanima. Não queremos isso!

Na prática: a quantidade diária recomendada de sal para um adulto saudável são 5gr/dia, uma colher de chá. Faça a experiência numa balança de cozinha, com uma colher de chá e visualize a quantidade que é de sal, só precisa de fazer isto uma vez. Sirva-se dessa medida para que a sua “pitada de sal” seja calculada. (Essa quantidade é diária e não por refeição!).

Pensando se estamos a confeccionar uma ou duas refeições, para uma ou duas pessoas, uma sopa, por exemplo que nos vai dar para 5 ou 6 doses. Nunca esquecendo que durante o dia vamos consumindo outras coisas que contêm sódio.

 

  1. Em pratos que necessitem de demolha – deixe mais tempo que o normal.

Demolhe, demolhe, demolhe! Nos pratos, como o do nosso querido bacalhau, demolhe várias vezes as peças e não adicione mais sal durante a confecção.

 

  1. Coloque um lembrete no saleiro.

Coloque uma chamada de atenção a si mesmo no saleiro. Esta atitude poderá influenciar a escolha/quantidade de quem o vai utilizar.

 

  1. Retirar o saleiro da mesa.

Há certos hábitos que fazem a diferença, e este é um deles. Longe da vista longe do coração. Quando não temos as coisas “à mão” por vezes podemos nem sentir falta delas, este é um dos casos.

 

O nosso paladar habitua-se em 22 dias. Se tomarmos certas medidas e reduzirmos lentamente a cada dia a quantidade de sal que utilizamos, nem vamos dar conta da mudança.

 

Pequenos gestos fazem a mudança! 🙂

 

Joana R. Lewis

Nutricionista estagiária

2036NE

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